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Sabias que os alimentos fermentados podem influenciar a produção de neurotransmissores?

Atualizado: 4 de mai.


Segundo estudos publicados em revistas de renome, como a Nature (Dinan e Cryan, 2017), a ingestão regular de alimentos fermentados pode modular de forma significativa a produção de neurotransmissores, desempenhando um papel crucial no equilíbrio da nossa neuroquímica e, consequentemente, no teu bem-estar.


O conceito "eixo intestino-cérebro" ganhou destaque nos últimos anos, e estudos como os de Mayer (2011) na revista Gut confirmam esta relação. Em essência, este eixo descreve a interação bidirecional entre o nosso sistema digestivo e o sistema nervoso.


Alimentos fermentados, ricos em probióticos, têm o potencial de diversificar e equilibrar esta microbiota, otimizando assim a comunicação entre intestino e cérebro.


Yano et al. (2015), num artigo no Cell, destacaram que cerca de 90% da serotonina do corpo humano é produzida no intestino. E isto não é tudo: a nossa microbiota intestinal desempenha um papel direto na modulação desta e de outras substâncias neuroquímicas, como a dopamina e o GABA.


Os alimentos fermentados, com as suas bactérias benéficas, podem influenciar este equilíbrio, afetando positivamente funções como humor, sono, apetite e capacidade de aprendizagem.


Incorporando alimentos fermentados na tua dieta, podes não só beneficiar a saúde do teu intestino, mas também promover uma produção equilibrada de neurotransmissores. Uma revisão abrangente de Sarkar et al. (2016) no Journal of Psychiatric Research confirma a influência potencial dos probióticos na saúde mental.


Quem diria que a chave para o bem-estar mental poderia estar em algo tão simples como os alimentos que escolhes comer.


Deixamos aqui uma receita com a listagem de todos os ingredientes e utensílios para fazeres a tua cebola 🧅 lacto fermentada e começares a beneficiar do poder dos alimentos naturalmente fermentados.


Cebola 🧅 lacto fermentada


Ingredientes

  • 1,5kg de cebola roxa (o frasco que utilizamos é de 4lt) de origem biológica, é o que recomendamos

  • sal (87gr)

  • sementes de mostarda (15gr) opcional

  • água filtrada (quantidade suficiente para deixar as cebolas submersas)

  • 1 frasco de vidro grande com tampa, esterilizado

  • 1 faca

  • balança

  • 1 tábua


Modo de preparação

  • Coloca uma camada de cebola no frasco e de seguida adiciona um pouco de sementes de mostarda, volta a repetir o processo, por camadas, até completar o fraco.

  • Adiciona o sal e de seguida enche o frasco com água filtrada até cobrir por completo as cebolas.

  • Fecha bem o frasco e agita para que os condimentos se espalhem pelo frasco.

  • Ao fim de 3 de dias, deves abrir a tampa para libertar algum gás que possa ter sido criado, no decorrer do processo de fermentação.

  • De seguida, deves voltar a fechar o frasco e deixar fermentar, por mais 10 dias.

  • Terminado este período estão prontas a ser consumidas, e devem ser guardadas no frigorífico e consumidas no prazo de 6 meses.

Adiciona um pedaço desta deliciosa cebola fermentada na tua sanduíche preferida ou na tua salada!


Devem ser comidas em cru, porque ao serem cozinhas perdem os probióticos.


Boas fermentações!


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Referências bibliográficas:


Dinan, T.G. & Cryan, J.F. (2017). The Microbiome-Gut-Brain Axis in Health and Disease. Nature.


Mayer, E.A. (2011). Gut feelings: the emerging biology of gut-brain communication. Gut.


Yano, J.M. et al. (2015). Indigenous bacteria from the gut microbiota regulate host serotonin biosynthesis. Cell.


Sarkar, A. et al. (2016). Psychobiotics and the Manipulation of Bacteria–Gut–Brain Signals. Journal of Psychiatric Research.

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